Seremos substituídos por apresentadores virtuais?
Personagens virtuais já são muito comuns em jogos de videogame e em filmes. A alta qualidade das produções em texturas e movimentos faciais, muitas vezes, nos implantam a dúvida de que o que vemos é real ou não. Mas, e se esse tipo de tecnologia invadir os noticiários? Será que nós, apresentadores, poderemos perder nossos empregos? Bom, isso já aconteceu, pelo menos em forma de "testes" e a resposta para a nossa empregabilidade pode ser sim e não.
Eva Byte - primeira apresentadora virtual brasileira |
Alguns "ensaios" com apresentadores digitais em programas noticiosos já foram feitos em diversos países, e o Brasil não ficou de fora. Em 2004 a Rede Globo saiu na frente e criou a primeira apresentadora virtual brasileira, Eva Byte, que apresentou um quadro no programa dominical Fantástico até 2009. Eva foi criada por uma equipe de 15 profissionais entre técnicos e animadores que, inclusive, trabalham na Disney e participaram de filmes como o Homem de Ferro.
No início, a apresentadora virtual do Fantástico tinha outro nome, Nica Shelley, mas este foi trocado depois de uma votação de internautas. E pra quem ainda ainda não pegou as referências, aí vai: Eva vem do nome da primeira mulher na Terra, segundo a Bíblia, e Byte é uma unidade de medida usada na informática.
Eva Byte e Helen Brito |
Já a voz era de Eva era de uma locutora de verdade, chamada Helen Britto que, atualmente, também atua como professora universitária no Rio de Janeiro. Na época ela estava proibida de dizer que a voz de Eva Byte era dela.
Veja algumas apresentações da Eva Byte clicando aqui.
Mas, outros países também lançaram seus protótipos de apresentadores virtuais. A agência estatal da China apresentou ao público, há alguns anos Xin Xiaowei, a âncora humanoide digital, mas que também usa emprestado uma voz humana, de uma jornalista, para transmitir as notícias em vídeo. Os movimentos dela são suaves e precisos, incluindo detalhes discretos como piscar os olhos enquanto fala.
A variedade de cenários vai além da tradicional bancada de telejornal |
Ainda no Brasil, temos um outro movimento parecido - o de influenciadores 100% digitais. Em novembro de 2011, por exemplo, a startup Biobots lançou a Satiko - um avatar da apresentadora Sabrina Sato. A empresa garante que a versão digital tem uma personalidade própria e uma proposta de ampliar a interação com o público nas redes sociais, tanto da modelo real quanto da virtual, com foco, inclsive, no Metaverso.
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