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A guerra das informações

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"Na guerra, a primeira vítima é a verdade." Esta frase, geralmente é atribuída ao filósofo grego Ésquilo, ou ao político britânico Philip Snowden e até mesmo ao escritor inglês Samuel Johnson, mas sua real autoria é desconhecida. Apesar de não ter uma atribuição plenamente reconhecida, esta frase tem, em sua essência, uma constatação fática sobre o que acontece com a dita "verdade" em tempos de guerra. Em 24 de fevereiro de 2022 a Rússia invadiu a Ucrânia e passou a atacá-la constantemente, dia a pós dia, com artilharia pesada, mísseis, tanques, caças e com... dúvidas. Isso porque as informações vindas de órgãos oficiais, de ambos os lados, se agridem na mesma proporção de uma rajada de metralhadora e um alvo fácil. Dados conflitantes, explosões de "porquês", ataques contra o direito de saber o que realmente está acontecendo. De um lado, o agressor (Rússia), do outro o agredido (Ucrânia) e no meio o resto da sociedade representada pelos "soldados da i

Cobertura de tragédias

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O terrível incêndio em uma discoteca em Santa Maria (RS) levantou a dúvida sobre como os jornalistas de TV devem agir nessas horas. O instinto dos repórteres é o de buscar informações e repassá-las o mais rápido possível por meio de suas emissoras. Número de mortos, feridos e sobreviventes é o principal, assim como o trabalho de resgate e causa do fogo. Mas, o jornalista pode (e deve) fazer muito mais nessas horas: informar para quais hospitais as vítimas foram levadas e (quando solicitado pelas autoridades) a necessidade de doadores de sangue e voluntários, além de cumprir seu compromisso com a sociedade, pressionando os órgãos competentes sobre investigações, autorizações vencidas, fiscalizações na boate e a busca pelos responsáveis e co-autores da tragédia. Imagem: Pixabay Trabalho em equipe Quando uma tragédia acontece, as emissoras tendem a concentrar suas coberturas no assunto. Na redação, os apuradores, pauteiros e produtores ligam para suas mais diversas fontes: Bomb

Âncora ou apresentador?

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"Isto é uma vergonha". O jornalista Boris Casoy (Band/CNN Brasil) sempre dizia esta famosa frase quando não concordava com uma notícia, ou seja, emitia uma opinião. Mas, o Boris é um apresentador ou um âncora? Pois bem, vamos aos fatos. Basicamente, os âncoras emitem opiniões pessoais sobre um determinado fato que acabaram de apresentar, seja de forma crítica ou tecendo um elogio. Bom, agora você já sabe em qual categoria o Boris se encaixa, não é? E o Willian Bonner? É âncora ou apresentador? Na minha opinião, um ótimo apresentador. Boris Casoy Entre os âncoras atuais da TV brasileira estão Ricardo Boechat (Band), Raquel Sheherazade (SBT) e Heródoto Barbeiro (Record News). A diferença Os âncoras mostram seus pontos de vista com base em outras informações, possibilitando uma análise mais ampla pelos telespectador, dando um ou mais ângulos a notícia. E ele é responsável pelo que diz. Existem casos em que âncoras pagaram pelo que disseram no ar - foram processados judici