Postagens

Mostrando postagens com o rótulo como fazer

Botijão de gás explode?

Imagem
É muito comum ouvir um repórter ou apresentador dizer que um botijão de gás explodiu. Mas, será que essa frase está correta? Vamos analisar com calma. Quando o jornalista diz que uma casa ou apartamento foi incendiado depois de uma explosão, logo vem à mente o botijão de gás dessa residência. Lembrando que, em prédios mais novos, o gás é encanado e é muito difícil haver um botijão de gás dentro do local. Mas, supondo que há um recipiente destes dentro da casa, é bem provável que ele tenha sido o responsável pela explosão, o que não significa necessariamente que ele explodiu! Bem, no meu entendimento, dizer que o botijão explodiu é uma maneira informal de falar e que, geralmente, é imediatamente entendida pelo telespectador, mas, literalmente, é muito difícil um botijão de gás explodir. Segundo algumas fabricantes, a botija (ou botijão) de gás só explode se for exposta a uma alta temperatura concentrada ao ponto desse calor intenso derreter a carapaça de metal. Então, só se o compartime

Pare de usar "acabou" em textos jornalísticos

Imagem
Escrever é uma arte. Há a licença poética e tudo mais, eu entendo, mas quando se erra querendo acertar, aí já não tem desculpa. Um texto jornalístico na televisão precisa ser simples, curto e direto. Quando mais objetivo e certeiro o repórter ou apresentador ser, no vídeo, melhor. Agora, vamos ao título deste artigo: o uso de "acabou" nos textos jornalísticos. É muito comum você ouvir um repórter ou apresentador dizer no ar frases como esta: - O carro bateu no poste e acabou capotando. No meu ponto de vista, esta frase não está errada, mas pode ser melhorada, justamente evitando o "acabou". Perceba que essa palavra, nestes casos, pode ser retirada sem prejuízo no entendimento da mensagem que se quer transmitir. Veja: - O carro bateu no poste e capotou. No exemplo acima o "acabou" foi retirado e o fim da frase adaptado. Aliás, evite também o gerúndio em seus textos (ando, endo, indo... etc.). Outra dica é não usar dois verbos juntos, como foi no caso da fra

E-BOOKS de técnicas do Telejornalismo

Imagem
O TELE BLOG NEWS está oferecendo e-books, em PDF, a preços promocionais! São 6 e-books divididos por temas que vão ajudar no seu crescimento profissional na área da comunicação em vídeos. E tem desconto de 50% para quem comprar todo o material de uma só vez! A venda é feita pela plataforma Hotmart (100% seguro). Os e-books foram desenvolvidos pelo jornalista Thiago Moraes com base em suas experiências práticas profissionais de mais de 20 anos no telejornalismo como repórter e apresentador nas duas maiores emissoras de televisão do país! O conteúdo é sobre telejornalismo na prática para iniciantes e interessados em trabalhar como REPÓRTER, PRODUTOR(A) ou APRESENTADOR(A) de TV.  São apostilas individuais com instruções de como fazer bons textos para serem narrados em vídeo, pautas, videorreportagens, apresentações e técnicas de gravação. Clique nos títulos abaixo e confira: - Textos para vídeos ; - Narração de vídeos ; - Pauta para reportagens em vídeo ; - Reportagens em vídeo ; - Apr

Cuidado com o PLEONASMO

Imagem
É bem comum encontrarmos PLEONASMOS em textos jornalísticos, sejam escritos ou narrados. O pleonasmo nada mais é do que a repetição de um termo ou significado em uma uma mesma expressão. São duas palavras que significam a mesma coisa na mesma frase. Entre os exemplos mais comuns de pleonasmo estão: "subir para cima", "descer para baixo", "entrar para dentro", "sair para fora" e assim vai... A gente aprende isso no ensino fundamental, mas com o tempo é normal esquecer-se dessa regrinha. Algumas músicas ou poesias usam o pleonasmo de forma intencional, mas aqui vamos analisar textos jornalísticos em que o pleonasmo é um erro mesmo, que passou despercebido. O pleonasmo acontece, em muitas vezes, porque tentamos escrever da mesma forma que falamos no dia a dia (e isso é muito bom para que sejamos entendidos!). Mas, em algumas vezes, "escorregamos" no pleonasmo tão comum nas falas do nosso cotidiano. O pleonasmo é um vício de linguagem, qu

Como gravar off no carro

Imagem
Gravar offs dentro do carro é uma técnica muito usada pelos repórteres de rua que precisam enviar os arquivos de áudio e vídeo o mais rápido possível para serem editados na emissora. A agilidade garante que a reportagem vá ao ar. Mas, na hora de gravar o texto é difícil encontrar um estúdio ou uma cabine de off. Então, o jeito é improvisar: se trancar dentro do carro e disparar o REC. Quer saber mais sobre jargões do telejornalismo? Então, clique aqui . Acústica Com as janelas do carro completamente fechadas, os ruídos externos - como sons de trânsito, vento ou conversas - são minimizados. Além disso, o ambiente fechado cria uma acústica apropriada (silenciosa) que valoriza a voz no narrador, já que não existem paredes lisas como em um quarto, por exemplo, que podem reverberar os sons e provocar ecos. Microfone Microfone externos sempre são mais indicados para gravações profissionais. Aqueles ligados à câmera também desempenham perfeitamente essa função.   Já em produções d

A carreira de Luiz Fara Monteiro, repórter da Record TV Brasília

Imagem
Ele é repórter especial em Brasília do Jornal da Record. Cobre assuntos relacionados à Política e Economia, além de apresentar as edições do telejornal nacional, direto da capital de São Paulo, aos sábados e feriados na folga dos apresentadores oficiais Celso Freitas e Adriana Araújo dentro de um rodízio de apresentadores. Natural da capital do Rio de Janeiro, Luiz Fara Monteiro Filho, de 49, é jornalista formado em 1998 pelo Centro Universitário IESB - Instituto de Educação Superior de Brasília, no Distrito Federal, além de ser formado em inglês pela Universidade de Witzwatersrand de Joanesburgo, na África do Sul, na época em que foi repórter correspondente pela Record. O início da carreira O primeiro trabalho em TV de Luiz foi em 1995 durante a faculdade na TV Brasília, afiliada da Rede TV!, onde apresentava um programa de videoclipes. "Na época apenas quem tinha TV a cabo conseguia assistir videoclipes pela MTV. Trazer clipes para a TV aberta foi uma grande sacada e nossa

PAUTAS - modo de fazer

Imagem
A Pauta reúne informações para que uma equipe de externa possa desenvolver o assunto na rua, ou seja, fazer a reportagem na prática. Com o avanço da tecnologia, a confecção das pautas está cada vez mais rápida e, infelizmente, superficial. O famoso Ctrl C + Ctrl V é constantemente praticado, mas essa ferramenta deve ter um dispositivo seletor bem apurado, também conhecido como "cérebro". Simplesmente jogar todas as informações no papel para um repórter não é uma ajuda completa e eficaz. O emaranhado de informações pode confundir, ainda mais se os dados estiveram desatualizados. Já passaram centenas de pautas pelas minhas mãos, desde aquelas que eram pequenos pedaços de papel rasgado com a marcação (endereço) até semi-bíblias com quilos de informações inúteis.  Para não ser 8 nem 80, vale muito pensar em como a equipe externa vai trabalhar aquela pauta na rua. O início A maioria das pautas "nascem" de uma reunião de pauta; aquela hora em que editor

OFF - modo de fazer

Imagem
Na reportagem de TV, o texto narrado por um repórter é conhecido como "OFF", que significa locução coberta por imagens. Algumas técnicas de escrita deixam o off de um repórter mais atraente e eficiente. A interpretação do texto também faz muita diferença, mas neste post tratarei apenas de algumas técnicas de um bom texto telejornalístico. Treine escrever o OFF ainda no carro, a caminho do "ao vivo" ou da redação Abre da matéria Existem inúmeras maneiras de se iniciar uma reportagem de TV . Uma delas é começar o texto com o que há de mais interessante, importante, forte e atual, seja por meio de imagens, declarações ou informações. Outra maneira é começar pelo "personagem" - uma pessoa atingida diretamente pelo assunto a reportar.  Exemplo: Um casal que foi um dos primeiros a comprar a casa própria por meio de um novo financiamento criado pelo Governo. Depois de conversar com os personagens no abre, o repórter começa a informar deta

Como é escolhido um apresentador de telejornal?

Imagem
Assunto sugerido pelo estudante de jornalismo Rafael Paranhos, de Olinda-PE. Para mim, esse é um tema delicado, difícil e bem subjetivo. A escolha de um apresentador ou apresentadora depende da competência deles na função, mas em grandes emissoras existem aspectos que podem chamar mais a atenção dos chefes de jornalismo. A regra é clara Todo apresentador de telejornal deve ser jornalista (diplomado ou com Mtb - registro profissional de jornalista). A emissora que mantém um telejornal no ar apresentado por um não-jornalista pode sofrer punições do Sindicato dos Jornalistas da sua região por meio de processos do Ministério do Trabalho. Quesitos Basicamente, um bom apresentador tem que ter dom pra coisa. Não que uma pessoa sem isso não possa  sentar numa bancada, mas terá mais dificuldades (quase todas de alguma forma superáveis). A princípio, o jornalista que quer esse cargo precisa ser desinibido, curioso, bem informado (como todo jornalista) e comunicativo. Se o &q

Qual microfone usar?

Imagem
O ideal é para cada ambiente onde uma entrevista será gravada seja usado um microfone específico. Estou me referindo a ambientes internos e externos em que os ruídos poderão causar interferência na captação do áudio. Em ambientes com menos barulho poderão ser usados microfones mais sensíveis para captar a voz do entrevistado com mais clareza e, até, captar a respiração dele. Já em lugares onde os ruídos são muito altos, como nas ruas, por exemplo, os motores dos carros, buzinas ou o grito da torcida em um estádio de futebol podem atrapalhar a gravação. Nesses ambientes externos será preciso um microfone direcional. Responda: Imagem: Pixabay - Qual tipo de microfone levar para uma coletiva de imprensa?  - Na entrevista com um médico, dentro de um consultório, qual microfone é o mais indicado? Ficou na dúvida? Nem imaginava que existem tantos tipos de microfones? Então, descubra mais sobre esse "bicho captador de sons"! Apesar de não ser de responsabilidade d

Cobertura de tragédias

Imagem
O terrível incêndio em uma discoteca em Santa Maria (RS) levantou a dúvida sobre como os jornalistas de TV devem agir nessas horas. O instinto dos repórteres é o de buscar informações e repassá-las o mais rápido possível por meio de suas emissoras. Número de mortos, feridos e sobreviventes é o principal, assim como o trabalho de resgate e causa do fogo. Mas, o jornalista pode (e deve) fazer muito mais nessas horas: informar para quais hospitais as vítimas foram levadas e (quando solicitado pelas autoridades) a necessidade de doadores de sangue e voluntários, além de cumprir seu compromisso com a sociedade, pressionando os órgãos competentes sobre investigações, autorizações vencidas, fiscalizações na boate e a busca pelos responsáveis e co-autores da tragédia. Imagem: Pixabay Trabalho em equipe Quando uma tragédia acontece, as emissoras tendem a concentrar suas coberturas no assunto. Na redação, os apuradores, pauteiros e produtores ligam para suas mais diversas fontes: Bomb

Escalada: as manchetes de um telejornal

Imagem
Quando você vai a uma banca comprar um jornal, qual é a primeira coisa que você observa nele? Claro, as manchetes! Nos telejornais o sistema é o mesmo. Na TV, as manchetes não são escritas na tela, mas narradas de forma a atrair a atenção do telespectador. É aquele momento em que os apresentadores aparecem subitamente dizendo frases impactantes sobre os principais assuntos do telejornal. A este fenômeno - as "manchetes" de um telejornal -  se dá o nome técnico de Escalada. Duração da Escalada O tamanho ou duração de uma Escalada de telejornal varia, em média, entre cinco assuntos. Normalmente é o editor-chefe do telejornal quem escolhe quais os temas que serão destacados no início do jornal dessa forma. A seleção é baseada pela ordem de relevância das notícias, ou seja, as mais importantes e chamativas vão receber uma "manchete". A Escalada pode ser ao vivo ou gravada, com a participação de um ou dois apresentadores alternadamente. Estrutura de uma Esca

Âncora ou apresentador?

Imagem
"Isto é uma vergonha". O jornalista Boris Casoy (Band/CNN Brasil) sempre dizia esta famosa frase quando não concordava com uma notícia, ou seja, emitia uma opinião. Mas, o Boris é um apresentador ou um âncora? Pois bem, vamos aos fatos. Basicamente, os âncoras emitem opiniões pessoais sobre um determinado fato que acabaram de apresentar, seja de forma crítica ou tecendo um elogio. Bom, agora você já sabe em qual categoria o Boris se encaixa, não é? E o Willian Bonner? É âncora ou apresentador? Na minha opinião, um ótimo apresentador. Boris Casoy Entre os âncoras atuais da TV brasileira estão Ricardo Boechat (Band), Raquel Sheherazade (SBT) e Heródoto Barbeiro (Record News). A diferença Os âncoras mostram seus pontos de vista com base em outras informações, possibilitando uma análise mais ampla pelos telespectador, dando um ou mais ângulos a notícia. E ele é responsável pelo que diz. Existem casos em que âncoras pagaram pelo que disseram no ar - foram processados judici