Qual microfone usar?
O ideal é para cada ambiente onde uma entrevista será gravada seja usado um microfone específico. Estou me referindo a ambientes internos e externos em que os ruídos poderão causar interferência na captação do áudio. Em ambientes com menos barulho poderão ser usados microfones mais sensíveis para captar a voz do entrevistado com mais clareza e, até, captar a respiração dele. Já em lugares onde os ruídos são muito altos, como nas ruas, por exemplo, os motores dos carros, buzinas ou o grito da torcida em um estádio de futebol podem atrapalhar a gravação. Nesses ambientes externos será preciso um microfone direcional.
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- Na entrevista com um médico, dentro de um consultório, qual microfone é o mais indicado?
Ficou na dúvida? Nem imaginava que existem tantos tipos de microfones? Então, descubra mais sobre esse "bicho captador de sons"!
Apesar de não ser de responsabilidade do repórter (mas, sim do operador de áudio ou auxiliar do cinegrafista), é bom o jornalista saber os tipos básicos de microfone e quais são os mais indicados para cada ocasião.
Na reportagem externa
O microfone de mão (de bastão) é o mais comum e o mais indicado numa gravação de rua por ser mais prático e de melhor captação em ambientes ruidosos, como trânsito. Esses microfones são do tipo cardióides, ou seja, "direcionais" - captam com maior eficiência os sons emitidos a frente dele. Portando, o repórter tem total controle do som que é gravado pelo simples fato de "apontar" o microfone. Você já deve ter visto um repórter entrevistando duas pessoas ao mesmo tempo. Quando elas falam juntas, apenas a voz daquela que está a frente do microfone é nitidamente captada.
Microfone de mão (direcional) Imagem: Pixabay |
Em algumas entrevistas ao ar livre também pode-se usar o microfone boom (do tipo shotgun), preso a uma haste longa segurada pelo operador de áudio. Isso dá mais naturalidade a cena. As câmeras tem um microfone boom acopladas na frente, acima da lente, mas são mais úteis na captação de sons ambientes e não para entrevistas.
Em ambientes fechados
Dentro de consultórios, escritórios, na salas de estar ou estúdios pode-se usar os microfones descritos acima, mas o mais requisitado nessas horas é o "microfone de lapela", pequeno, preso a roupa do entrevistado e/ou repórter, mas com grande poder de captação. Suaves ruídos, como o digitar no teclado de computador, são facilmente gravados. Por isso, quando se usa o microfone de lapela é preciso evitar barulhos indesejáveis como conversa de pessoas próximas, sons de rádios ou TV´s ligadas ou ruídos vindos de uma janela aberta.
Características em comum
A maioria das câmaras de captação (cabeças) dos microfones são protegidas por uma espuma ou pelúcia para impedir que o vento forte provoque aquele ruído alto, que encobre o som que realmente se quer gravar.
Os microfones podem ser "com fio" ou "sem-fio". Os sem-fio são bem mais práticos do que os com fio. Já vi repórteres se enrolando ou enrolando os colegas jornalistas com seus longos cabos de microfone durante uma coletiva. Muitos cinegrafistas levaram "trancos" e solavancos quando alguém pisa no cabo do microfone no chão. A desvantagem dos sem-fio é a interferência , já que o equipamento precisa ser ajustado dentro de uma frequência de rádio.
Antes de sair da emissora, é preciso checar as condições dos microfones, dos cabos e baterias dos sem-fio. É sempre bom levar cabos e baterias extras para uma emergência. Uma das piores gafes é chegar na frente do entrevistado e perceber que o equipamento não está funcionando como deveria e não ter um reserva no case (mala da câmera).
T.M.
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