A importância do Rádio-Escuta


Diversos profissionais são necessários para que uma reportagem de TV vá ao ar. O repórter é uma das peças fundamentais, mas existem outros que colaboram na produção como cinegrafistas, pauteiros, editores de imagem e texto etc. Mas, um deles cumpre um papel importante para que o telejornal não tenha furos de reportagem: o Rádio-Escuta. Na maioria das vezes essa função é preenchida por estagiários de jornalismo - uma grande oportunidade para quem quer fazer carreira em redações de TV.

Imagem: Pixabay

O rádio-escuta é responsável por encontrar notícias novas, monitorar a concorrência e passar o lead (informações básicas) para os demais da redação, como pauteiros e chefes de reportagem. Ele fica em uma sala onde há diversos equipamentos para ajudarem no seu trabalho:

- Monitores de TV ligados em diversos canais: o rádio-escuta deve monitorar os canais concorrentes para saber de algum fato novo que, por ventura, sua redação não esteja cobrindo. Assim, a emissora não fica para trás nas coberturas de factuais, imediatas, como incêndios, por exemplo;

- Computadores conectados a internet: são necessários para visitar constantemente os sites de notícia para checar as últimas informações divulgadas na web;

- Rádios: assim como as TV's, as emissoras noticiosas de rádio também são monitoradas a fim de saber das últimas notícias;


- Rádio-comunicadores: antigamente, ouvir o canal de comunicação da polícia e dos bombeiros (em frequências de rádio PY) era comum. É dessa prática que vem a denominação "Rádio-Escuta". As informações contidas entre a conversa de policiais e o COPOM (Comando de Operações da Polícia Militar) eram valiosas para enviar uma equipe de reportagens o mais rápido possível aos locais de crimes e acidentes, mas hoje isso é proibido. Monitorar a polícia dessa forma é considerado ilegal. O indicado é ligar nos batalhões e delegacias para saber das novidades;

Telefones: a primeira tarefa do rádio-escuta logo que chega a redação é fazer uma "ronda" por telefone. Ele liga para diversos números de uma lista de contatos tais como delegacias, batalhões da PM, quartéis dos Bombeiros e demais fontes para saber se algo relevante aconteceu nas últimas horas. Algumas dessas fontes até ligam para os rádios-escuta para avisá-los de fatos que possam virar notícia na TV;

Jornais impressos: a imprensa escrita também pode rendar sugestões de pauta. Ler os jornais, além de ser um exercício fundamental pra um jornalista, ajuda a deixar o rádio-escuta atualizado e pode até indicar o direcionamento de alguma apuração, como campanhas de fiscalização em casa noturnas ou restaurantes, por exemplo.

T.M.

Comentários

Unknown disse…
Esse texto está errado.

A recepção de transmissões de rádio em frequências da polícia, bombeiros e outros não é ilegal!

Ilegal é usar dessas informações para ganho pessoal ou de terceiros.
Também é ilegal interferir de forma prejudicial nessas frequências.

Em caso de emergência comprovada, não existe o crime em transmitir em tais frequências.


Corrija seu artigo.
Epifanio Santos disse…
Pelo que você descreveu, parece que o rádio-escuta é o pauteiro. Ou é isso mesmo, na televisão o pauteiro é o rádio-escuta?

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